Catapora – Tudo Que Você Sempre Quis Saber
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O que é catapora?
A catapora ou varicela é uma enfermidade infectocontagiosa, provocada pelo vírus Varicela-Zoster. Afeta principalmente crianças e geralmente se apresenta de forma benigna, podendo, no entanto, causar complicações mais graves.
Segundo pesquisas, em cerca de 12% dos casos de catapora em crianças podem se manifestar essas complicações mais graves.
O seu período de maior incidência é entre o fim do inverno e o início da primavera.
Do aparecimento das primeiras bolhas até que todas as lesões de pele estejam cicatrizadas a doença se estende, em média, por duas semanas.
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É possível contrair a catapora mais de uma vez?
Não, pois uma vez adquirido o vírus, a pessoa torna-se imune. Contudo, o vírus permanece em nosso organismo por toda a nossa vida. Em alguns casos, por diferentes razões, como o estresse ou uma baixa acentuada da imunidade, o indivíduo pode desenvolver o Herpes Zoster, também conhecido popularmente como cobreiro. O vírus pode “acordar” a qualquer fase da vida e fazer surgir dolorosas bolhas pelo corpo, sendo necessário o atendimento médico.
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Como se pega catapora?
A catapora é facilmente transmitida de uma pessoa para outras e o seu contágio geralmente acontece pelo contato com líquido da bolha; pela tosse, espirro e saliva ou contato com superfícies e objetos contaminados pelo vírus.
Mãos, vestimentas e roupas de cama, além de outros objetos que possam estar contaminados, devem ser higienizados para evitar a propagação do vírus, especialmente se houver outras crianças ou pessoas que não tenham tido contato com o vírus na mesma residência.
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Em qual período a criança se torna mais contagiosa?
A transmissão se dá entre 1 e 2 dias antes do aparecimento das bolhas na pele e até 6 dias após as bolhas se tornarem aquelas casquinhas que vão se descolando. Por ser muito contagiosa, deve-se afastar a criança de creche ou escola e de outras crianças, especialmente bebês.
Em razão de haverem grupos mais suscetíveis a desenvolverem reações mais graves ao vírus, crianças e pessoas com catapora não devem ter contato com recém-nascidos, mulheres grávidas ou qualquer indivíduo que esteja com a imunidade baixa (como pessoas com Aids ou que estejam realizando quimioterapia), que podem necessitar, inclusive, de internação em hospital para tratamento.
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Quais os principais sintomas?
Os principais sintomas da catapora são as manchas vermelhas e bolhas que se espalham sobretudo no rosto, tronco e couro cabeludo. Mas a doença também pode ser acompanhada por mal estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre baixa.
As bolhas inicialmente são cheias de um líquido claro que progressivamente escurece até que as bolhas começam a secar, formar a casquinha e então a pele começa a cicatrizar. Nesta fase, quando começam a secar, há muita coceira e o contato das unhas, além de provocar cicatrizes, pode levar a infecções, em razão das bactérias presentes nas unhas.
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A catapora pode ser grave?
Sim. Embora seja comum pensarmos na catapora como uma doença infantil inofensiva, ela pode sim apresentar-se de forma grave, levando inclusive à morte. O vírus pode atingir qualquer órgão e provocar complicações respiratórias, neurológicas, respiratórias, cutâneas, hepáticas, gastrointestinais, entre outras. Infecções respiratórias e na pele são, segundo pesquisadores, as mais comuns entre essas complicações.
A maior parte dos óbitos e complicações graves relacionadas ao vírus ocorre em crianças menores de 4 (quatro) anos. Por isso, a vacinação é tão importante.
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Tratamento para catapora
No tratamento da catapora, em geral, são utilizados analgésicos e antitérmicos, para aliviar a dor de cabeça e baixar a febre, e anti-histamínicos (antialérgicos) para aliviar a coceira. Tudo, obviamente, sob orientação médica. O uso de analgésicos e antitérmicos à base de ácido acetilsalecílico (AAS) é contraindicado e pode provocar problemas graves. Banhos apenas com água e sabão para higienizar o corpo e recomendam-se compressas de água fria para diminuir a coceira.
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Vacinar ou não vacinar?
Vou dar a resposta antes da explicação: Sim! Mil vezes sim!
Por quê? Porque a vacinação é um pacto coletivo para a erradicação de doenças. O que isso quer dizer? Significa que aqueles que têm acesso às vacinas (seja porque estão na idade de se vacinarem, por não terem alergias a algum componente das vacinas, condições financeiras de pagarem pelas vacinas onde não há programas governamentais gratuitos, etc.) contribuem para que esta não se propague e alcance aqueles que não têm acesso ou não podem se vacinar, como os recém-nascidos, por exemplo.
Na verdade, uma alta taxa de imunização, isto é, quanto mais gente vacinada, contribui para a prevenção da disseminação da infecção da catapora e outras doenças transmitidas por vírus. Isso se chama imunidade de grupo e fornece proteção àqueles com maior risco de contraírem uma infecção grave, incluindo gestantes, recém-nascidos, pessoas com o vírus da imunodeficiência humana (Aids) e outras doenças autoimunes, pacientes tratados com altas doses de corticosteroides, entre outros.
Isso é superimportante, especialmente se soubermos que muitas das internações hospitalares ocorrem em crianças muito novas para serem vacinadas, que têm um sistema imunológico ainda em formação e podem sofrer com reações graves e ficarem com sequelas caso desenvolvam a doença.
Assim, se o seu filho ou filha não possui alergias para as quais seja desaconselhável a vacina ou esteja recebendo algum medicamento incompatível com a vacinação, então, a resposta é vacinar! É um ato de amor para com os nossos pequenos e os nossos próximos.
Além disso, uma vez que a criança seja vacinada, estará imunizada por toda a vida. Isso quer dizer, por exemplo, que não correrá o risco de desenvolver o herpes-zoster quando for mais velho.
Quer saber mais sobre a importância de se vacinar? Clique aqui e leia um texto da Mamãe Tagarela sobre o tema.
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Quando se vacinar contra catapora?
Na rede pública a vacina contra catapora é aplicada em 2 doses, a primeira aos 15 meses de idade e a segunda para crianças de 4 até 6 anos de idade (6 anos, 11 meses e 29 dias).
Para consultar o calendário de vacinação do SUS, clique aqui.
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A vacina contra a catapora
A vacina contra catapora foi desenvolvida no Japão na década de 1970 a partir de uma cepa atenuada do vírus varicela-zoster. Quase todas as vacinas utilizadas atualmente contêm o vírus vivo atenuado varicela-zoster e podem ser monovalentes (apenas contra o vírus da catapora) ou combinadas (também contra o vírus do sarampo, caxumba e rubéola). A aplicação de uma dose da vacina era moderadamente eficaz na prevenção da doença (alcançava 81% de proteção contra o contágio) e altamente eficaz na prevenção de manifestações moderadas e graves da catapora (98%); a aplicação de uma segunda dose aumentava a proteção para 92%. Atualmente, no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS) estão previstas duas doses da vacina contra catapora ou varicela.
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A vacinação contra catapora no Brasil e no mundo
As políticas de vacinação diferem de país para país. Em alguns países, como o Brasil, os EUA e a Austrália, a imunização universal foi introduzida há muitos anos e foi acompanhada por redução substancial nos casos da doença.
Em países do continente europeu, por outro lado, não há consenso sobre a política de imunização contra a catapora, alguns como a Alemanha têm programas nacionais de imunização infantil e outros adotam recomendações heterogêneas ou não oficiais e dependem da aceitação da vacinação pelos pais e das recomendações dos pediatras.
No Brasil, as vacinas da catapora ou varicela apresentam-se de forma monovalente ou combinada com a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela). A vacina tetraviral só deverá ser administrada aos 15 meses de idade se a criança tiver recebido uma dose da vacina tríplice viral entre 12 e 14 meses. A vacina monovalente é indicada para surto hospitalar a partir dos nove meses de idade.
Desde 2013, o Ministério da Saúde incluiu a vacina tetravalente viral (é uma vacina que protege ao mesmo tempo contra o sarampo, a caxumba, a rubéola e a catapora) no calendário de vacinação para as crianças entre 15 meses e 2 anos de idade, que já tenham sido vacinadas com a primeira dose da vacina tríplice viral (que é a vacina contr o sarampo, a caxumba e a rubéola).
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A vacina contra catapora causa reação?
Toda vacina, assim como outros medicamentos, pode causar reações e problemas mais ou menos graves a quem for administrado, como reações alérgicas. Contudo, no caso da vacina contra catapora, os riscos de reações graves ou morte é extremamente raro e, pelas pesquisas que li, é mais seguro do que se arriscar com a doença.
Entre as reações leves que podem surgir estão a sensibilidade e o inchaço no local da aplicação da vacina, febre e erupções cutâneas. Entre as reações mais graves, estão a possiblidade de convulsões provocadas por febre alta desencadeada pela vacina e reação alérgica grave, como urticária generalizada e comprometimentos respiratórios.
Nesses casos mais graves, é preciso buscar o mais breve possível o atendimento médico e comunicar o(a) pediatra da criança o que está acontecendo.
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Onde há incidência da catapora?
A catapora é uma das doenças infecciosas mais comuns no mundo e se distribui por todos os continentes, havendo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que atinja anualmente cerca de 140 milhões de pessoas, especialmente crianças.
Referências:
2) Blog da Saúde do Ministério da Saúde.
Danielle é carioca, mãe da Ana Sofia (que tem a mesma idade da Mia) e madrinha do Eric. Adora ler e escrever, já sonhou em ser jornalista e é formada em História e Direito. Fotógrafa amadora, chocólatra, faz maratona de séries quando a filha vai dormir e com a maternidade percebeu que deseja ajudar a construir um mundo melhor e mais justo para a geração da sua filha. Foi convidada pela Thata para ser escritora oficial do Mamãe Tagarela por ela confiar nas suas pesquisas na área de maternidade.