Vida de pai não é fácil! Ser pai é uma grande emoção e também uma grande aventura.
Escrevo aqui um pouco da minha experiência na paternidade até agora.
Eu poderia escrever uma dissertação, mas resolvi simplificar tudo com frases curtas e bem humoradas sobre como é ser pai.
Ser pai é:
- Convencer meu filho de que a camisa que estou vestindo nele é muito legal.
- Chegar do trabalho, fazer as tarefas de casa e depois brincar de cavalinho com as crianças, mesmo cansado e com dor nas costas.
- Deixar de comer aquela comida gostosa para deixar para os filhos.
- Ir correndo pro quarto das crianças quando um deles acorda chorando.
- Ter micro infartos diários quando o pestinha sobe na cadeira, na mesa, se pendura no sofá, corre de meias, tropeça, cai etc.
- Sentir dor quando meu filho sente dor.
- Ter o celular cheio de aplicativos para crianças.
- Não ver mais futebol nem séries, mas saber o nome de todos os personagens da Peppa Pig.
- Comer doces escondido para a criança não pedir (para que viciar os pequenos em açúcar?).
- Comer algo saudável, mas que eu detesto, na frente dos filhos para dar o exemplo.
- Ir ao shopping pra comprar um jeans e uma camisa social nova e sair de lá com um livro infantil, um quebra-cabeças e roupas novas para os pequenos.
- Ir ao banheiro fazer no. 2 com o filho no colo (quem nunca?)
- Dedicar o fim de semana às crianças e chegar no trabalho mais cansado ainda toda 2ª feira.
- Colocar um chapéu de gosto duvidoso e andar com ele dentro da loja de departamento, só porque seu filho pediu.
- Correr atrás de criança em lojas de roupas.
- Dizer não na loja de brinquedos, ser firme, mas ficar com o coração na mão.
- Dizer sim na loja de brinquedos (ai minha carteira) e o filhote esquecer do brinquedo 3 minutos depois de pagar.
- Comprar um par de crocs iguais aos do seu filho e depois perceber que você fica ridículo com eles.
- Perguntar “você gosta mais do papai ou do pato Donald?” e ouvir “Pato Donald!”
- Brincar de “limpar carro” no estacionamento (ou seja, molhar os carros com pistolas d’água) e receber olhares fulminantes dos donos.
- Jogar bola na sala, acertar uma bolada na mãe da criança, falar que o goleiro defendeu e ter que ir dormir no sofá por 2 dias (goleira braba).
- Comprar carrinhos de brinquedo para mim e dizer para a mãe que é para as crianças.
- Cantar todos os versos da “a barata diz que tem” sob pressão, sem repetir.
- Levar jato de cocô de recém nascido na madrugada.
- Pegar o bebê sem roupa no colo, levar uma mijada de respeito e ficar parado igual a um 2 de paus sem saber o que fazer (enquanto continuava sendo mijado).
- Trocar fraldas de cocô radioativas, mas manter o bom humor.
- Ficar com dor no braço e nas costas de ninar o bebê que já está pesadinho.
- Acordar cedo sábado e domingo e achar que vai cochilar junto do filho de tarde (ah coitado, claro que não rola).
- Ir ao cinema ver o filme do Snoopy e sair correndo atrás da criança pela sala do cinema durante a sessão até desistir do filme.
- Colocar a criança para dormir e pegar no sono antes dela.
- Correr atrás da criança no parquinho e evitar que o balanço acerte a cabeça dele em cheio. TODAS. AS. VEZES.
- Encher os bolsos do casaco com pedrinhas porque o pequeno adora jogá-las no lago.
- Ser dedurado quando solto um pum: “soltou pum, papai!”
- Ouvir “eu te amo, papai” naquele momento mais tenso do dia.
- Ouvir as risadas mais gostosas do mundo.
- Ouvir os choros mais estridentes do mundo.
- Reduzir a velocidade na estrada quando passar perto de um caminhão, só porque o filhote adora vê-los.
- Aprender que crianças são ótimas negociadoras: “Mais livro, por favor, papai. Último!”
- Comemorar cada marco, cada passo, cada vitória.
- Fazer filmagens longas no celular sobre qualquer coisa que as crianças estejam fazendo, para não ver nunca mais.
- Rir e achar fofo cada vez que o filhote fala uma palavra errada.
- Chorar escondido quando percebo que errei com meus filhos.
- Pedir desculpas.
- Ver o mesmo desenho 17 vezes seguidas e saber a letra de todas as músicas.
- Consertar carrinhos e brinquedos quebrados.
- Sentar no chão do avião para dar mais espaço para o filhote dormir na poltrona.
- Trocar palavrões por palavras parecidas para as crianças não aprenderem, mas passar vergonha ao usá-las quando os filhos não estão perto.
- Visitar amigos sem filhos e ficar desesperado com as crianças mexendo em tudo.
- Guardar desenhos abstratos das crianças em uma pasta para um dia mostrar para eles.
- Amar outra pessoa mais do que amo a mim mesmo.