Crianças Francesas Não Fazem Manha – Opinião Sobre o Livro

Crianças Francesas Não Fazem Manha – Opinião Sobre o Livro

Olá! Hoje vim falar sobre um livro que eu li quando o Eric era bebezinho, ou seja, há mais de 3 anos atrás. Na época eu era mãe de primeira viagem, tinha pouca experiência e estava em uma fase que eu estudava tudo relacionado a maternidade.

Uma pausa para explicar um pouco sobre o livro: O livro é de uma americana que mora na França e fica perplexa que as crianças francesas obedecem seus pais e começa a investigar do por quê. O livro defende uma teoria totalmente contrária a teoria do apego. O livro fala do ponto de vista dela da situação. Ela não é psicóloga, nem pediatra. Se não me engano ela é jornalista. O que eu quero dizer com isso é que ela não tem anos de estudo sobre crianças e bebês e que o livro é pura experiência de vida. (tudo bem ser experiência de vida, mas não serve como fonte para estudos). Segue a foto do livro:

Criancas Francesas Nao Fazem Manha Opiniao Sobre o Livro

Agora vamos voltar a minha história: A princípio eu achei o livro o máximo. Era isso mesmo, crianças precisam obedecer seus pais e ponto final.

Me lembro que ela começava falando no período da gravidez, onde as mulheres francesas, diferente das americanas, não ficavam estudando sobre parto, não se importavam muito com os detalhes. Iam no hospital no dia que estavam em trabalho de parto e pronto. Até aí ok, mas o livro vai seguindo essa linha, de que os pais não se importam muito com os filhos, os sentimentos etc.

Confesso que não li o livro até o final. Não gostei do que estava lendo e parei mesmo.

Hoje em dia as pessoas estão escolhendo cada vez mais criar seus filhos com apego e empatia. Crianças são pessoas que sentem dor, frio, medo. Precisam de seus pais. Precisam do amor dos seus pais. Precisam da orientação dos seus pais. E só conseguimos orientar na base da conversa e não na base do grito.

A verdade é que os franceses (tô generalizando aqui viu, gente? Por favor, conheço muito francês que não é assim) em sua maioria, batem nos seus filhos. Batem de deixar marca. Batem até matar!!!! Isso mesmo! Você sabia que NA FRANÇA MORREM DUAS CRIANÇAS POR DIA nas mãos dos próprios pais? Veja aqui a reportagem falando sobre esse assunto.

Então a conclusão que eu chego é que as crianças francesas temem seus pais. Têm medo dos seus pais. Isso não é respeitar. Respeitar é outra coisa e se conquista de outra forma.

Aí eu te pergunto: É assim que você quer criar o seu filho? Se não for, eu desaconselho esse livro. O jeito francês de criar filho não deveria ser parâmetro para nada. Não deveria servir de exemplo para nada.

Se você quiser um livro legal para ler sobre criação de filhos leia Carlos Gonzalez. Qualquer livro dele. Ele é um pediatra espanhol renomado e escreve coisas incríveis, nos fazendo refletir e nos colocando no lugar dos nossos filhos.

Eu, particularmente, prefiro criar os meus com muito amor. Eu gosto de ser o porto seguro deles. Comigo eles se sentem bem, felizes, capazes e seguros. Eles estão aprendendo a me respeitar e não a me temer.

Não vou deixar os meus filhos chorarem até cansar, porque eles precisam de mim quando choram. Pode ser fome, sede, frio, dor. Pode ser um pesadelo e eu estarei lá para dar colo quando eles precisarem.

Algumas coisas são naturais, como criança que não para quieta. Criança que para quieta está doente ( e ela fala no livro como os pequenos franceses ficam quietos diante de seus pais). Então é coisa de criança se mexer demais, querer brincar, pular, gritar, correr… e até mesmo, adivinhe só: fazer manha é coisa de criança!!!

Como pais, nos resta aprender a lidar com a manha e não evitar que ela aconteça.
Não acha?

Aprenda aqui 5 dicas legais de como ter paciência com o seu filho.

16 thoughts on “Crianças Francesas Não Fazem Manha – Opinião Sobre o Livro

  1. Thata, comprei o livro por recomendação de um amigo, li metade e a cada página ficava mais indignada, não tive vontade nenhuma de terminar de ler o livro. Me identifiquei com tudo que vc escreveu, pelo tanto que li do livro cheguei a conclusão que crianças franceses não fazem manha pq seus pais são totalmente frios.

  2. Eu acho que filhos devem ser criados com amor e carinho sim, mas com limites e sabendo que são crianças e não cabe a eles certas escolhas para que saibam quando e como devem agir. Ok concordo que a brutalidade com as crianças que ocorre na França não é exemplo para ninguém, mas a permissividade e a falta de limites das crianças brasileiras também não é.
    Se a educação brasileira fosse tão ótima não teríamos tantas cadeias lotadas.

  3. Eu li uma parte desse livro e pelo visto li mais do que a autora dessa opinião… o livro prega justamente criar as crianças com amor, a ouvi-las, a conversar com elas, a colocar limites mas, dentro desses limites, lhes dar liberdade. O livro não recomenda nem sugere desapego, não sugere ser desinformado, não tem nada a ver com o que a autora da opinião disse. Sugiro você ler o livro antes de escrever uma opinião sobre ele né, o mínimo que se espera… Aí você talvez não falasse bobagem. Alias, parece que você não leu nada além da capa.

    1. Quem falou bobagem foi você. O “desapego” fica nas entrelinhas. È preciso entender o que é apego para enteder o que seria o contrário dele. Até você quis opinar sobre o livro sem mesmo ter lido todo. Te garanto que li bastante sobre ele para poder opinar. As pessoas precisam aprender a respeitar a opinão dos outros, mas vejo que isso é muito difícil mesmo

  4. Desde que eu escrevi esse texto eu tenho recebido muitos relatos de pessoas que moraram na França. Todas afirmando o que eu coloquei nesse texto.
    Quando eu o escrevi, eu ainda estava no Brasil e logo em seguida voltei para a Europa, onde moro. Vim em um vôo da AirFrance e quando meu filho chorou de sono um francês veio reclamar comigo. Como se o meu filho não tivesse direito de chorar quando está sentindo algo ruim. Ele não só reclamou como debochou do meu filho. Eu já estava tentando colocar o Eric para dormir, tentando acalmar quando o episódio aconteceu.
    Bati boca com esse homem, óbvio. Não ia ficar calada e não defender o meu fiho. Nunca.
    Mas logo em seguida um brasileiro que mora na França (e tem um filho lá) veio falar comigo “Não discute com esse povo, eles tratam as crianças diferente da forma que nós os tratamos. Eles são agressivos, abusivos…” e a conversa continuou de uma forma que ele afirmava tudo o que eu escrevi no texto.

  5. Creio num meio termo. Nem o jeitinho francês (com ausência de sentimento), nem o jeitinho brasileiro (de certa forma permissivo). Acho sempre válido essas leituras para buscarmos essa forma de amar com respeito e respeitar não por temor mas por amor.

  6. Talvez por desconhecer a realidade da França, que as crianças são maltratadas, na minha ingenua interpretação do livro extrai apenas a importância do limite, de incluir a criança na família, e não fazer dela o centro das atenções e necessidades. Se vamos a um restaurante, por exemplo, seria legal a criança participar a sua maneira, e não a gente ter que dar um tablet pra criatura ficar quieta. E que é necessário ensinar as crianças a ter respeito pelas pessoas, especialmente nos lugares públicos. Em nenhum momento me prendi ao fato de que para fazer isso é necessário criar sem amor, isso nem passa pela minha cabeça. Talvez porque também já tenha lido muitos livros a respeito de educação e sempre abstrair a parte que discordava. Algumas coisas que não achei adequadas à nossa realidade, como deixar sozinho no quarto para dormir, nem considerei. Fico com meu filho de 8 anos até hoje, até ele adormecer. E também entendi que algumas adaptações são necessárias à idade da criança, à personalidade, às necessidades. Certamente uma criança sentada imovel não é saudável, mas uma criança correndo desesperadamente por um restaurante,num shopping, gritando, também não é conveniente. Então, levei mais para o lado de que no Brasil a falta de limite pelos pais é recorrente, muitas crianças são o centro da família, mas não no sentido positivo e sim , pequenos tiranos que mandam e desmandam (é só ficar um pouquinho em uma loja de brinquedos que logo aparece um …) Os pais, geralmente por culpa por ficar longe da criança , acabam cedendo e mais ainda, porque educar dá trabalho e por limite, mais ainda. Aí, a pessoa tá cansada, não vai querer enfrentar um atrito, melhor comprar o brinquedinho, qualquer R$10,00 resolve…E tem ainda aqueles pais que nem dão bola, que também preferem se eximir da responsabilidade, o que também gera crianças sem limites. Então foi mais nesse sentido. Mas achei bem interessante seu ponto de vista, não tinha pensado desta forma. Att. Rosane

  7. Gosto muito de observar a educação de crianças em outras culturas, acho que de cada uma temos algo bom pra extrair e algo ruim pra afastar do nosso cotidiano com nossos filhos.
    O último contato que tive com uma família estrangeira foi com uma mini família alemã durante uma temporada de trabalho voluntário com um artista plástico e sua filha de 10 anos.
    A menina morava com a mãe, mas encontrava o pai durante a semana e final de semana tbm. E apesar de ter uns 3 trabalhos, ele era absolutamente presente.
    Achei tão lindo o relacionamento deles.. acho que tem esse equilíbrio que vejo alguns aqui falando que falta em muitas famílias.
    A menina tinha o maior RESPEITO pelo pai, de verdade.. o pai nem sequer levantava o tom de voz com ela. Eles brincavam e riam muito juntos, a noite 20:30 em ponto ele colocava ela na cama e contava uma história, durante o dia conversavam bastante (parece que alemão gosta de conversar muito) e ele conversava num tom normal (sem aqueles nhen nhen nhens que parece que vc tá falando feito um demente hahah).
    Ele botava as roupas dela pra lavar e na hora de guardar, ele esperava por ela pra guardarem juntos, assim ele ensinava o valor da organização, aliás, o fazer junto era muito presente no relacionamento deles, como cozinhar por ex.
    A menina estava um pouco à cima do peso, por isso o pai sempre regulava a alimentação dela e ela obedecia, já sabia das regras: “posso comer mais um pedaço de bolo papai?” às vezes ele dizia pode, na grande maioria das vezes era não, e ela aceitava o não e ficava só com a vontade sem fazer birra, parecia já saber lidar com a frustração. Mas era uma menina brincalhona, livre, sorridente, me fazia ser criança de novo quando nos encontrávamos.
    Fora isso trabalhei uma vez com ele numa escola, ele estava ensinando as crianças de como fazer uma casa (na prática). Dizia que antes de manipularem computadores as crianças deveriam saber fazer as coisas mais básicas e precisavam até se machucar com isso, porque se machucar fazia parte do aprendizado.
    Percebi que criar uma criança que respeita os outros e tem disciplina, fazendo isso através do amor e não da dor requer muiiiiito tempo, atenção e disciplina. Os pais têm que ter consciência que criação requer atenção mesmo (alguns deixam até um bebezinho de poucos meses ou dias chorando porque esse precisa aprender a não chamar a atenção dos pais!). Quem não está disposto a dar atenção, tempo e a ensinar a disciplina dando o próprio exemplo de como ser disciplinado, é melhor nem ter um filho, porque ter filho não é simplesmente colocar no mundo e deixar se ele virando, às vezes dando-lhe umas cacetadas (coisa mais fácil e prática a se fazer) exercer a força sobre uma criança, na verdade não requer quase esforço né.. assim é simples “educar”.

  8. Esse post esta bem equivocado. Ja começa errado ao nao ter feito uma pesquisa basica sobre a autora, que nao é uma simples jornalista, mas correspondente do New York Times, uma revista de muita influência nao apenas nos Estados-Unidos, como no mundo inteiro. Ela foi para em PARIS assim, sendo correspondente. Ela escreve muito sobre relaçoes familiares, entao tem sim pesquisa por tras do livro, nao é mera vivência. De qualquer maneira, ela viveu em Paris, e aqui na França os franceses nao consideram Paris a verdadeira França, pois é um lugar muito cosmopolita, onde se vivem mais estrangeiros do que franceses, onde os proprios parisienses ja sao bem diferentes do resto da populaçao francesa. Entao o livro ja se resume muito à Paris.
    Segundo, você diz nem ter acabado o livro, nao se faz critica a livros lidos pela metade, isso é uma regra. No maximo você comenta que ele existe, mas nao faça um post inteiro dedicado a ele, pois sua informaçao esta pela metade. E, se você ja leu livros inteiros na vida, sabe que livrs têm reviravoltas e o que se conta no começo nao é o conteudo final nem a proposta do livro.
    Terceiro, você vem criticar o pouco que você sabe sobre a cultura francesa na criaçao dos filhos sem nunca ter morado la e se basear apenas em um livro que nao terminou de ler? A educaçao francesa nao é nem um pouco como você escreveu no seu post, poderia falar horas sobre um assunto, mas so vim escrever que nao se passa informaçao pela metade, sem uma fonte segura, sem ter experimentado a situaçao, sem ter estudado

  9. Desculpa, apertei no enter sem concluir.
    Sem ter estudado a situaçao, etc.
    Te digo que a educaçao francesa nao tem nada, mas nada do que você escreveu, e, sim, tem muito amor, e nao, nao tem temor. Obvio que têm exceçoes, mas sao, como o nome diz, exceçoes. A maioria das crianças francesas RESPEITAM os pais, até porque aprendem desde que nascem o que é respeito. E respeito nao se aprende batendo, mais uma vez esses casos ainda assim sao exceçoes (e nao estou defendendo os que batem até matar, obviamente que nao.) Mas ja viu os mesmos dados de mortepelos pais no Brasil? é 1 criança a cada 48 minutos, e nao a cada 12 horas como na França! Quer comparar? Pesquise direito antes de escrever achismos!

  10. Me desculpe, mas a autora desse artigo escreveu bobagem. Não dá para levar a sério uma resenha crítica sobre um livro que não foi lido até o final. Esse é o mal do brasileiro, não lê, não entende o que lê e critica mesmo assim. Aqui na França, todas as amiguinhas da minha filha são extremamente amadas, felizes e muito educadas. Conheço todos os pais, eles são presentes, amáveis e atenciosos com seus filhos. Sobre a agressividade parental que a autora comentou, pesquise o mesmo dado no Brasil, você vai achar os franceses o povo mais amável do mundo. Enfim, deixarei de seguir esse blog, pois percebi que a autora não é uma pessoa séria e faz críticas sem ler. Boa sorte.

    1. Querida, você não é francesa, é brasileira, por isso não se doa com as minhas críticas. Moro fora do Brasil há 10 anos e isso não faz de mim melhor do que ninguém e isso não muda a minha nacionalidade, por mais que eu tenha a minha nacionalidade européia, isso não muda as minhas raízes. As minhas críticas são baseadas em vivência, não somente no livro. Por isso só li metade, porque não concordei com o que li até o momento. Mas como isso já faz 5 anos, talvez eu tente dar mais uma chance ao livro. O estilo do livro não é o meu estilo, que é ter empatia, inclusive com crianças, que é ser amorosa e criar com apego. Prefiro proximidade à frieza. Mas cada um com seu estilo. Por enquanto a minha opinião continua sendo essa. Quanto a ser séria, você não sabe 1/10 da minha vida para fazer tal tipo de julgamento, por isso vou dispensá-lo, mesmo porque só absorvo críticas construtivas. Att

  11. Antes que apareça mais alguém falando que estou errada sobre a maneira que os franceses criam seus filhos, vou deixar aqui um comentário que recebi no Instagram de uma seguidora da frança que é casada com francês e tem um filho francês.

    @eloachaignet

    cara, não vou generalizar, mas eu falo que aqui existe infantofobia ha muita gente que se incomoda com criança sendo criança. Há lugares onde elas são expressamente mal-vindas e tem muitos pais q se isolam socialmente em períodos mais “complicados” das crianças pq vc pode se sentir mto mto mal com os olhares direcionados a vc.

    eu moro aqui há três anos dessa vez ( já morei antes solteira e sem filho) e hoje como mãe vejo coisas bem bizarras, palmada é bem normal e aceita socialmente. Deixam o bebê chorar pra aprender a dormir sozinho. Há muitas práticas que eu descordo em nome de uma independência da criança, parece que eles têm medo dos filhos serem dependentes, mas criança é dependente de adulto sim. Os graus vão diminuindo com a idade, mas particularmente acho complicado algumas condições, não quero generalizar sei q tem pessoas contra essa corrente. Mas via de regra é frequente ouvir que filho n pode mudar sua vida e q bebês bem pqnos Dormem a noite toda.

  12. Oi, Thais, tudo bem?
    Li sua resenha sobre o livro e acredito que o fato de você não ter lido todo o livro explica o motivo de eu ter tido uma impressão completamente diferente da sua sobre o livro. Já estou no sétimo capítulo e no último capítulo o livro fala sobre Françoise Dolto e pelo que eu sei, ela foi uma das figuras que incentivaram a existência da teoria do apego. Dolto foi a primeira a olhar os bebês como pequenos humanos que podem sim compreender e que já sentem. Acho que você precisa reler. Esse livro na verdade fala sobre o problema da ansiedade materna e como isso atrapalha o desenvolvimento da criança. Até agora não vi nada disso que vc citou. Tbm vale citar que o livro não é só sobre a opinião da autora, ela traz pesquisas e traz informações que coletou através de conversas com profissionais. O fato de ser jornalista não diminui a importância do livro ou a validade. Pode ser sim que nem todo mundo aproveite tudo ali, mas o livro é ótimo! E ele não está falando sobre uma mãe que se impressionou com o fato de as crianças serem obedientes, mas que se impressionou por perceber o quanto elas estavam satisfeitas em fazer parte da vivência adulta sendo crianças e que pra ela isso era impossível. Deixo aqui meu contraponto e creio que seria bom você ler um livro por completo antes de resenhar sobre ele.

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