Nós sabemos que lidar com crianças às vezes pode ser bastante difícil, especialmente quando elas não querem colaborar. Se jogam no chão e se recusam a levantar – essa cena é familiar? E o que acaba acontecendo muitas vezes é que nós as puxamos pelo braço para que elas levantem. Porém, isso é totalmente contraindicado, pois existe o risco de causarmos uma lesão, chamada de subluxação da cabeça do rádio ou luxação de cotovelo.
O corpo das crianças é muito frágil comparado ao dos adultos, então é muito importante ter o cuidado adequado ao pegá-los pelo braço. Não se deve levantar uma criança pelos braços, nem durante uma brincadeira. Isso também vale para quando o bebê ainda é pequenininho e você está brincando de levantá-lo pelos bracinhos.
A imagem acima mostra a luxação de cotovelo. Esse tipo de lesão é mais comum entre crianças entre 6 meses e 5 anos de idade, é muito dolorosa e pode deixar sequelas a longo prazo.
No momento que você segura a criança pela mão ou pelo punho e a levanta do chão, um dos o ossos do antebraço (chamado de “rádio”) pode se deslocar da sua posição normal. Como as articulações das crianças novas ainda são pouco resistentes, o peso do próprio corpo delas quando erguidas do chão pode causar essa lesão. O risco é ainda maior quando a criança está fazendo força contra ou quando você faz algum movimento mais brusco. Sendo assim, o melhor é evitar puxar seus filhos pelos braços e prevenir um problema bastante sério. Depois dos 5 anos de idade o risco diminui consideravelmente.
Se acontecer de você levantar a criança pelo braço dessa forma e ele reagir de forma fora do normal, chorando muito, pode ser que uma luxação de cotovelo tenha ocorrido. Nesse caso você deve levar a criança imediatamente para um atendimento de emergência do hospital mais próximo. Não tente mover o cotovelo da criança, não tente massagear seus braços – vá imediatamente a um médico. Fique atento: é comum que a criança aponte para o punho quando perguntada aonde sente dor, apesar de a lesão ser na região do cotovelo.
Diagnóstico de subluxação da cabeça do rádio:
Apenas um profissional qualificado, através de um exame físico, pode determinar se de fato o seu filho sofreu alguma lesão no cotovelo e se há, além da luxação, alguma fratura. Somente o médico será capaz de determinar o rumo do tratamento e se é possível aplicar uma manobra de redução (para reacomodar os ligamentos do cotovelo). Nunca, jamais mesmo, tente realizar essa manobra em casa, pois ela é bastante complexa, pode precisar de anestesia local ou sedação. Ela deve ser realizada, de preferência, por um médico ortopedista. Em muitos casos, o profissional consegue aplicar esse tratamento não-operatório. Costuma ser um procedimento rápido e não deixa sequelas quando feito de forma adequada. A criança volta a utilizar o braço normalmente em menos de uma hora.
Precauções para evitar a luxação de cotovelo:
1. Não levante as crianças do chão sustentando-as apenas pelos braços, punhos ou mãos.
2. Não balance as crianças segurando-as pelos braços.
3. Evite puxá-las bruscamente pelos braços.
4. Levante as crianças sempre segurando pelas axilas.
O objetivo desse post não é criar pânico, apenas alertar pais, avós e cuidadores desse risco, para evitar que as crianças sofram de forma desnecessária com essa lesão tão dolorosa. Afinal, a luxação de cotovelo é fácil de ser evitada. Basta que tenhamos mais cuidado na hora de lidar com os pequenos. Lembre-se: o corpo deles ainda é bastante frágil, apesar de a personalidade deles já ser bem forte.
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Um abraço,
Papai Tagarela
Fonte:
Porque No Se Me Ocurrio
Meu filho tem 1 ano e 4 meses, estava caminhando pela mãe com meu marido quando deu um passo infalso e caiu, como estava de mão com o pai, acabou esticando bruscamente o bracinho com o tombo. Na hora pensei que poderia ter machucado o ombro, algo muscular. Mas não, ele teve uma subluxação no cotovelo. Graças a Deus ele foi super bem atendido por um pediatra maravilhoso, que colocou o cotovelo do meu filho no lugar. A dor passou como num passe de mágica. De um tombo bobinho, tivemos esse problema.