Síndrome Mão-Pé-Boca – Aquele Resumão Que Você Precisava

Síndrome Mão-Pé-Boca – Aquele Resumão Que Você Precisava

Eric estava na escolinha na Irlanda e assim que deixei o meu filho havia um papel, um recado, colado na parede: “Um aluno da escola foi diagnosticado com a síndrome mão-pé-boca, se mais alguém encontrar bolhas nesses lugares por favor não traga os eu filho na escola e leve ao médico”. Até então eu nunca tinha ouvido falar dessa síndrome. Fiquei de orelha em pé porque nessa época o Eric estava com a imunidade baixa e pegava tudo dos amiguinhos na escola e Mia ainda era um bebezinho de 6 meses.

Não deu outra, no mesmo dia há noite encontrei uma bolinhas, bem poucas, entorno dos lábios do Eric e algumas nos dedos das duas mãos e a partir daí fiquei neurótica para que a Mia não pegasse. Toda hora eu lavava a minha mão e a mão dele, toda hora eu passava álcool gel nas nossas mãos. Eu passava álcool gel em praticamente tudo o que ele tocava e por causa de todos esses cuidados a Mia não pegou!

Imediatamente fui ler sobre a síndrome e agora vou passar para vocês as informações relevantes que eu encontrei acerca do assunto.

O que é a síndrome mão-pé-boca e como reconhecer (sintomas)?
É uma doença contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que moram no intestino.

Ela aparece em forma aftas na mucosa da boca (estomatite) ou como bolhinhas em volta da boca, nas mãos e no pé (geralmente nas palmas das mãos e nas plantas do pé). Essas bolhas podem ser pequenas e duras ou vermelhas como se fosse uma alergia.

Além disso a criança pode ter febre alta, dor de cabeça, dor de garganta, falta de apetite, vômito e diarréia.

Quem pega e como pega?
Geralmente crianças que já estão na escola ou creche ou que frequentam ambientes com muitas crianças.

A síndrome mão-pé-boca é mais comum em crianças com até 5 anos de idade. Porém adultos também podem pegar, vai depender do quanto já estão imunizados contra o vírus, ou seja, se já tiveram contato com o vírus antes.

A incubação da doença varia de 1 a 7 dias, ou seja, nesse período você não sabe que o seu filho está com o vírus porque ele aparenta estar bem, mas ele já tem a doença. Os sintomas surgem após esse período.

Essa doença se dissemina através de fluidos corporais, como salivas, espirros e secreções em geral. Se alguma criança com vírus pega no brinquedo e o seu filho pega no mesmo brinquedo e depois bota a mão na boca ou coça o olho, ele vai pegar o vírus.

É importante saber que pessoa ainda pode ter vírus nas fezes por até 4 semanas após o término da doença, ou seja, mesmo depois de “bom” a higiene deve ser muito bem reforçada com uso de álcool gel depois de lavar as mãos.

E o diagnóstico, como é feito?
Não precisa fazer nenhum exame, o diagnóstico é clínico. Os sintomas iniciais podem ser confundidos com uma gripe, mas se o seu filho tiver feridas dentro da boca desconfie, principalmente se essas feridas na mucosa surgirem depois de um período de febre alta.

Mal estar, dificuldade de engolir, dor, falra de apetite, febre, diarréia e vômitos.

O pediatra saberá reconhecer durante o exame clínico, mas pode ser que ele peça exames de fezes e/ou sorologia (exame de sangue) para saber qual é o tipo de vírus, porque existem formais mais brandas e formas mais violentas da doença. A importância de estabelecer o diagnóstico é porque outras doenças também podem causar estomatite e no caso da síndome mão-pé-boca é importante deixar a criança em casa para que se recupere, porque esse vírus passa muito rápido e com uma facilidade gigante de uma criança para a outra.

Tenho como prevenir?
Infelizmente você não tem como previrnir, pois não existe ainda vacina para essa doença e quando você fica sabendo que tem uma criança na escola com a síndrome mão-pé-boca, como eu fiquei sabendo, o seu filho já pegou e já está na fase de encubação do vírus (de 1 a 7 dias, lembra?).

Por isso o Eric apresentou sintomas no mesmo dia que eu vi o recado, não foi naquele dia que ele pegou o vírus, foi de 1 a 7 dias antes dele apresentar os sintomas.

Como é o tratamento?
Deixar a criança em casa de repouso e dar bastante água. Antitérmico e anti-inflamatórios receitados pelo seu médico.

Evite dar comida quente se o seu filho tiver feridas dentro da boca porque pode doer a mucosa. Sopas frias ou temperatura ambiente ou sucos frios, mas que não sejam ácidos são boas pedidas porque são fáceis de engolir.

O seu filho/sua filha pode levar até 10 dias para ficar sem os sintomas da doença, então tem que ter muita paciência, deixar as outras coisas de lado porque é preciso dedicação total.

UPDATE: Um ano após ter escrito esse texto, a Mia pegou a mesma síndrome e dessa vez eu peguei dela. Então gravei o vídeo mostrando como nós duas ficamos e como foi que eu me senti (dores, coceiras etc) e conto também quais remédios me ajudaram a aliviar os sintomas da síndrome mão-pé-boca. Segue o vídeo abaixo:

Eu desejo uma boa recuperação para ao seu filho/filha.
Bjs, Thata

Fonte:
Drauzio Varella
Panfleto  da Escola

3 thoughts on “Síndrome Mão-Pé-Boca – Aquele Resumão Que Você Precisava

  1. Olá…minha filha apresentou estes sitomas acima citado porem ela coça muito o pé e o bumbum dela foi o mais afetado levei ela no pediatra e ela falou que era alergia a alguma coisa ,agora to confusa estou dando os remédios que ela passou o xarope HIXINIZENE e fosfato de sódio de prednisolona.So que lendo o que vc citou estar batendo quase tudo .

    Sou mãe de 1 e estou ficando desesperada.

    1. Minha filha tá desse mesmo jeito, o bumbum foi afetado demais pés e mãos, e tá saindo bolinhas em algumas partes do corpo, o dela coça muito

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