Terapia do Abraço Para “Birras” – Eu Testei

Terapia do Abraço Para “Birras” – Eu Testei

Outro dia li um texto maravilhoso sobre a terapia do abraço.

É uma coisa que eu já vinha usando aqui em casa e não sabia que tinha esse nome hehehe Então vou contar para vocês como funciona e como tem sido a minha experiência (aí vocês me contam a experiência de vocês, combinado? Uma troca entre mães e pais?).

Depois que eu li aquele texto super detalhado da Stheffany Nering que explica como o cérebro funciona durante as birras, a minha visão da birra mudou completamente, da água para o vinho. Então vamos parar de chamar de birra, vamos chamar de crise. Porque é uma crise que a criança está passando e por isso que ela age dessa forma e precisa da nossa ajuda.

Para quem não leu o texto sobre o funcionamento do cérebro durante uma crise de terrible twos eu recomendo a leitura! Tenho certeza que vai ser maravilhoso para você como mãe, pai ou qualquer um que lide com uma criança entender como funciona isso tudo.

Considerando que essas crises no meu filho tem um fundo fisiológico eu comecei a agir diferente de como eu agia. E funcionou! Quando ele começa a ficar frustrado, se debater, se jogar no chão, berrar, gritar:  eu o abraço. E digo “eu estou aqui com você meu filho, conta para a mamãe o que tem de errado”. Muitas vezes ele consegue falar o que está acontecendo e aí conversamos e fica tudo bem. Em outras situações ele está tão nervoso que não consegue. Assim continuamos ali com ele (sim, eu digo continuamos porque o Papai Tagarela também tem usado essa técnica) até ele se acalmar. E vamos tentando conversar. Uma hora ele acalma e pronto, fica tudo bem. É tudo culpa de um cérebro desarranjado.

Veja bem que eu não disse ceder às vontades. Eu disse conversar. Por exemplo, se ele se joga no chão e berra porque queria uma tesoura, abaixamos na mesma altura que ele e conversamos com muito carinho que a tesoura pode machucá-lo e por isso papai e mamãe não vão deixar ele brincar com ela. Abraçamos e acolhemos o nosso pequeno e tudo fica bem.

Sabe que desde que começamos a fazer isso os resultados tem sido bem melhores? Nem sempre ele deixa abraçar, mas sentamos ao lado dele e conversamos sempre! E sempre na mesma altura que ele, nunca em pé, sempre abaixados.

Não é fácil e muitas vezes o efeito não é imediato, mas aconselho que você tente em casa por um bom tempo para ver como é melhor do que ignorar, bater, gritar de volta ou qualquer outra coisa que, talvez, você já possa ter tentado.

Fazendo isso você mostra para o seu filho / sua filha que você está ali para ele (a), que está ali para dar conforto e ajudá-lo a se reestruturar. Quando você dá as costas a criança fica confusa e perdida e isso não ajuda na reestruturação do cérebro, muito pelo contrário. Então é de apoio emocional que essas crianças precisam.

As crianças precisam da nossa ajuda para reorganizar o cérebro delas (sério, leia o texto). Essa é a nossa função de educadores e provedores. Isso não vai deixar o seu filho mimado, não se preocupe! Continue ensinando o seu filho a agradecer, pedir por favor, compartilhar as coisas dele, ser carinhoso, que você está no caminho certo.

Quem disse que educar seria fácil, não é mesmo?

Aprenda também sobre o uso da terapia do abraço na educação infantil e como ela deve ser aplicada nas crianças.

 

E viva a terapia do abraço!
Beijos da Thata

OBS: A terapia do Abraço é muito usada nas escolas na Austrália. Uma brasileira que trabalha nesse ramo em Sydney nos contou como eles aplicam essa motodologia lá. Quer saber mais sobre o assunto? Vem comigo!
Leia também: Educar exige mais abraços e menos gritos – Mágicas de Mãe

32 thoughts on “Terapia do Abraço Para “Birras” – Eu Testei

    1. Patrícia, nem sempre a criança deixa abraçar no momento da crise, mas o mais importante é ficar perto, mostrar p/ ela que você está ali para apoia-la, que está presente e fale sempre “mamãe tá aqui para você”. Pode tentar abraçar quando estiver em crise ou esperar a criança se acalmar para dar o abraço e colo. Eu contei nesse texto do terapia do abraço que, depois que li o texto onde explica o funcionamento do cérebro, a minha maneira de ver essas crises mudou. Nisso mudou a minha maneira de me comportar e os resultados tem sido maravilhosos aqui em casa. Depois me conta como foi com você. beijos

      1. Thata, incrivelmente uns 2 dias antes de ker seu texto fiz por instinto… E fiquei abismada com o resultado. Não levou 5 segundos para meu filho acabar a gritaria e em seguida ficou plenamente colaborativo!!!! E quando li seu texto entendi que eu tinha utilizado este método… Confesso que eu não acreditava nisso, pensava que poderia reforçar o comportamento…. Mas qdo já cansada de tanta birra, segui minha intuição, foi como mudar da água para o vinho….

    2. Patrícia, antes mesmo de conhecer o texto da Stheffany sobre os terrible twos eu já tava fazendo uso da técnica do abraço. Mas só abraçava depois de perguntar a minha filha se podia abraçá-la e ela fizer que sim. E as vezes ela claramente dizia que não, então eu esperava um pouco e perguntava denovo qdo via que tava mais calma.
      A técnica ajuda bastante mesmo. Não garante ficar 100% sem birras, mas diminui consideravelmente. 🙂
      Força aí!

  1. Isto tem me ajudado muito, com o Pedro funciona. Ele fez 9 meses na sexta e ja ta com uma birra sem tamanho, ta terrível e eu sempre abraço ele e digo que isso não pode porque faz dodói kkkkk e da certo. Bjsssss to adorando teu blog!

  2. Achei essa matéria muito interessante!!!Não tenho mais filhos pequenos,tenho netos e sei que na hora que o filho(a) está de birra a mãe perde a paciência…isso não é bom para as dois lados.As crianças precisam de muita atenção sem mimá-las.

  3. Adorei e tem funcionado aqui ,estava perdida pq n queria competir com os gritos dele,estava ignorando sabendo q so estava tapando o sol com a peneira,adiando a solução do problema! Ele ficava furioso,gritava de olhos fechados,nem me olhava,agora abaixo,peço pra ele n chorar,mamae ta aqui com vc ,abraço e logo ele para,depois disso eu converso numa boa!! Entao o abraço ta dando super certo aqui…

  4. Com certeza funciona,claro nao tds as vezes so abraco resolve….tenho Murilo de 2anos e qdo chega a birra falo c mt calma e peco sempre abraco e ele vai se acalmando…….bjssss

  5. Vou tentar…. Tô quase enlouquecendo com a minha filha em casa ta muito teimosa e faz birras, joga coisas no chão e etc……… Tomara que dê certo.

  6. Comigo super funciona…faço tbm com a minha filha de 3 anos…mas qdo ela está longe de mim…como na escola por exemplo…não tem o abraço…aí a escola reclama pq eles não tem como oferecer isso a ela na dinâmica deles…aí é q está o problema…o mundo real não está preparado para o amor…e fico refletindo como encontrar um equilíbrio…

  7. Eu pegava minha sobrinha no colo e levava pra fora do local ate ela se acalmar… Depois conversava. Foram poucos os episódios de birra/crise

  8. Adorei as dicas, vou até salvar o link aqui desse site…ta bem que o meu bebezinho nem nasceu ainda, mas desde já estou estudando e procurando saber de tudoo!

  9. Estamos passando novamente em casa pelo desgaste das crises, choro, gritos, etc…mas na época do desfralde, seguimos as sugestões da pedagoga da creche, e como um passe de mágica tudo entrou nos eixos, como se trata de mudança de hábito, nos traímos e voltamos a estaca zero, mas vai dar tudo certo de novo porque voltaremos a aplicar a técnica da rotina. Tudo junto, técnica do abraço e rotina, foi sensacional! A rotina foi a seguinte: manhã: acordar, alimentação, higienização, troca o pijama, remédios, arrumar para escola, separei em blocos de 3 atividades cada. Noite: troca de roupa de casa, brincadeira leve 20 min no quarto dela, desenho, jantar novamente, higienização, pijama, dormir (desligo a tv, conto uma estória ou música, mas não falo mais com ela, mesmo que tente puxar assunto, depois da terceira vez, digo que está na hora de dormir) , juro ela começou a dormir as 20h sem estresse, ficou mais descansada e ficou tudo lindo, sem crises! Mas do mesmo jeito que dá certo, a gente também deixa de fazer a rotina e aí…já sabem né?!

  10. Tenho uma filha de 4 anos… Desde pequena eu falava: Acalme-se… e perguntava: vc sabe porque está chorando? E sempre me disponho a abraçar. Ela sempre foi receptiva ao abraço. .. Acredito que dá muito certo!

  11. Caí de repente nesse link. Foi bem providencial justo hoje, que tive uma manhã difícil com as crianças e suas respectivas mães.
    São mães conscientes assim que fazem valer a pena nosso trabalho de educação infantil <3

  12. Nossa, hj mesmo estava me dando conta que td vez que eu abraço meu bebe de 4 meses quando ele está neste estado, ele se acalma. Já falei p minha irmã fazer isto quando ele começa a chorar, mais ele n fica quieto, só comigo. Agora vendo este post, parece que minha mente se abriu. Ele se sente seguro.

  13. Nossa surpe preciso fazer essas dicas meu filho é muito nervoso e não tenho paciência eu grito deu uns tapa na depois me.arrependo muito vou colocar em prática essa dicas obrigada

  14. Vale também dizer que vc entende o que ele está sentindo (sono, cansaço, tristeza por não ter o objeto do desejo, etc). Quando fiz isso meu filho olhou pra mim com uma cara de espanto e alívio, como quem diz “ela entende o que eu estou passando”. A partir daí passamos a controlar melhor os momentos de crise e eles passaram a acontecer cada vez menos.

  15. Meninas isso funciona pra um bebê de 1 ano que bate e morde quando contrariado?
    Como devo fazer tipo não pode bater e nem morder na mamãe que machuca eu estou aqui com você e abraçar é isso? Me ajudem pleaseeeee

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